O que é um exoesqueleto militar?


Entenda o que é um exoesqueleto militar.

Conforme a tecnologia avança, mais a realidade se aproxima da ficção. O assunto deste post, por exemplo, exoesqueleto militar, teve sua primeira conceituação publicada em trabalho literário do século XIX - e logicamente foi tratado como mais uma estória com elementos fantásticos de um escritor com imaginação fértil. (Para quem ficou curioso, a estória é o “Homem de Vapor das Planícies”, livro de Edward Sylvester Ellis). Mas hoje, pode-se constatar que, de “divagante”, a estória pode ser tratada como “visionária”, tal o avanço da tecnologia.

O exoesqueleto militar é uma realidade que recebe cada vez mais investimentos devidos as diversas vantagens que proporciona aos soldados que o utiliza e as possibilidades múltiplas que possibilita para ajudar civis em atividades do cotidiano, especialmente aos que sofrem de enfermidades limitadoras.

Veja a seguir o que se trata exatamente o exoesqueleto militar e quais as suas aplicações.

O exoesqueleto militar


Como o próprio nome sugere, exoesqueleto militar trata-se de uma espécie de esqueleto mecânico, de uso externo, que se adapta, acopla, ao corpo do soldado para auxiliá-lo a fazer tarefas do cotidiano, principalmente relacionadas a esforço físico. O conceito flerta com a ideia de “vestir um robô”, ou uma “armadura”.

Sim, deve ser corrente o gracejo entre os soldados de que são o “Homem de Ferro”.

História do exoesqueleto militar


Foi dito acima que o primeiro ensaio relacionado ao tema originou-se de uma fantasia literária do século XIX, mas as primeiras tentativas sérias, por parte de administradores de assuntos bélicos, de investir na ideia remontam aos primórdios da Guerra Fria.

Mais precisamente em 1961, patrocinada pelo Pentágono. Depois vieram outros projetos de exoesqueleto militar, porém todos enfrentaram problemas parecidos para se tornarem viáveis: limitações tecnológicas que prejudicavam muito as questões de ergonomia e resistência, necessidade de orçamentos astronômicos a época.

Contudo, o cenário mudou a partir dos anos 2000 com a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa (DARPA) que, com o investimento de U$$ 50 milhões, iniciou o projeto inicialmente batizado de “exoesqueletos para aumento da performance humana”.

O projeto foi bem sucedido tornando pela primeira vez o uso de um exoesqueleto aplicável para o exercício de funções determinadas em pelotões militares.

Aplicações do exoesqueleto militar


Como o esperado, o exoesqueleto militar serve como proteção contra projéteis e agentes químicos, mas o seu grande diferencial é a capacidade de fazer o soldado que o utiliza transportar grandes quantidades de suprimentos e armamentos, por longo tempo, sem gerar grandes desgastes físicos, na verdade evitando-o, prolongando a resistência. Também possibilita ao usuário que erga, sem grandes dificuldades, peso que normalmente exigiria esforço extenuante para movê-lo do lugar.

O que impressiona no exoesqueleto militar é que, ao contrário da suposição natural, ele não prejudica de forma exasperante a mobilidade dos soldados e nem significa acréscimo de peso desolador, pois o “traje mecânico” é elaborado de modo a balancear, distribuir, perfeitamente o peso pelo corpo do soldado e suas articulações são flexíveis o suficiente para não reduzir dramaticamente a velocidade em corridas e caminhadas. Soldados conseguem chutar uma bola ou esmurrar sacos de areia quase como se estivessem sem o equipamento.

O exoesqueleto militar promete ser um investimento cada vez mais relevante no futuro e não só para o campo bélico. Como quase sempre ocorre, os inventos originariamente idealizados para cumprir funções militares acabam ganhando aplicações na esfera civil e já há projeções do impacto, em termos econômicos, que provocariam no mercado de trabalho, pois uma vez a disposição de funcionários de fábricas, muitos vagas de trabalho deixariam de ser necessárias, já que um funcionário conseguiria fazer a função de 2 ou 3. (Claro que notícia nada animadora em tempos de crise e desemprego).

Mas outra possibilidade que traria apenas benefícios a população seria o uso do exoesqueleto militar, ou uma versão análoga, na medicina. Uma enfermeira, por exemplo, com o traje conseguiria levantar um paciente com muitos quilos acima do seu. Uma pessoa com mobilidade reduzida, em razão de acidente ou enfermidade, poderia se deslocar utilizando o equipamento e diminuir, assim, a dependência para com terceiros.

Conclusão


O exoesqueleto militar é um esqueleto mecânico externo, uma espécie de traje robótico que tem a função de fazer os soldados do exército carregarem mais suprimentos, munição e armas, por longo período, sem acrescer o desgaste físico destes. A roupagem mecânica também serve para proteção contra projéteis e ameaças químicas.

Suas aplicações podem ser usadas futuramente no mercado de trabalho e na área da medicina.

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